domingo, 7 de fevereiro de 2016

Tudo Sobre O Cão Guia


Tudo o que você precisa saber sobre um cão-guia

O cão-guia é responsável por auxiliar um deficiente visual a se locomover à qualquer lugar e, por estar a trabalho, costuma ser aceito em locais públicos. A responsabilidade de um cão-guia é bastante séria, então o animal é rigorosamente treinado para que siga as seguintes regras:

Manter-se firme, sempre à esquerda ou um pouco à frente de seu acompanhante; Mover-se em qualquer direção apenas quando ordenado; Ajudar seu acompanhante a lidar com os transportes públicos; Ignorar distrações, como pessoas, outros animais, cheiros, etc.; Deitar silenciosamente enquanto seu acompanhante permanece sentado; econhecer e evitar caminhos com obstáculos; Sempre parar em topo ou pé de escadas até que receba uma ordem para seguir; Levar seu acompanhante até os botões dos elevadores; E obedecer aos comandos verbais de seu acompanhante.

Além das regras e habilidades citadas, a desobediência seletiva é essencial ao cão-guia, ou seja, ele nunca deve obedecer qualquer comando que possa colocar seu acompanhante em perigo.

Muitas pessoas acreditam que o cão-guia apenas trabalha e nunca se diverte, mas isso não é verdade. O que acontece é que ele é treinado para ser muito atencioso e dedicado ao seu serviço, mesmo quando seu acompanhante não está precisando dele, pois sua função é essencial. Entretanto, o cão-guia se mostra muito satisfeito com seu trabalho e aproveita para brincar nas horas vagas.

Treinamento e principais raças de cães-guia

Qualidades necessárias em um cão-guia.

O cão que auxilia pessoas com deficiências visuais é treinado em escolas especiais para cães-guia. Geralmente, as instituições responsáveis por eles oferecem o serviço de seus trabalhadores de quatro patas sem nenhum custo ao acompanhante, pois costumam operar sem fins lucrativos. Entre as principais funções dessas escolas estão:

Criar filhotes para que se tornem cães-guia; Treinar os cães-guia; Treinar novos instrutores; Analisar a combinação entre cada cão-guia e seu acompanhante; Treinar os novos acompanhantes; Avaliar e decidir quando o cão-guia deve ser aposentado; E buscar lares para cães-guias aposentados.

As raças mais comuns de cães-guia são Labrador, Golden etriever e Pastor Alemão. As principais características das mesmas incluem força, inteligência, afabilidade e adaptabilidade, o que as torna ideais para o trabalho.

Os instrutores de cães-guia procuram qualidades essenciais em seus alunos, como fácil aprendizado, concentração, boa memória, inteligência e saúde excelente. Em contrapartida, excluem candidatos que apresentam problemas de socialização com outros animais e tendência à agressividade.

O treinamento de um cão-guia é bastante rigoroso, árduo e gradativo, durando cerca de 2 anos. Assim como muitos adestramentos, esse processo utiliza a recompensa para atitudes certas e a punição para atitudes incorretas. Entretanto, as recompensas dadas ao cão-guia nunca são comestíveis, pois o animal não pode perder o foco com qualquer guloseima durante seu trabalho.

O início da relação de um cão-guia com seu acompanhante

O deficiente visual e seu futuro cão-guia devem ser compatíveis

Ao final do treinamento, cerca de 25% dos cães – dependendo da instituição responsável pelo treinamento dos mesmos – são reprovados. Em seguida, os graduados chegam ao estágio final do processo: são apresentados aos seus novos acompanhantes.

As escolas que treinam cães-guia, trabalham para unir cachorros e acompanhantes compatíveis: um peludo mais agitado costuma auxiliar pessoas mais jovens, por exemplo. A introdução dessa união costuma durar um período de aproximadamente 1 mês, pois o acompanhante também deve ser treinado, principalmente se nunca esteve em contato com um cão-guia. O treinador do filhote sempre deve estar presente no início dessa relação.

O que ocorre quando um cão-guia é aposentado

Com 8 a 10 anos o cão-guia se aposenta e é colocado para adoção.

O trabalho árduo de um cão-guia exige bastante saúde física e mental. Por isso, os cães mais velhos, ainda que continuem obedecendo todos os comandos impecavelmente, reduzem seus rendimentos e, então, são aposentados.
Geralmente, a aposentadoria de um cão-guia ocorre entre 8 e 10 anos de idade, mas também existem cachorros que trabalham por menos ou mais tempo, variando de acordo com a disposição e a saúde de cada um. Após o fim de suas carreiras, os cães-guia são colocados para adoção e existe uma lista de espera para quem deseja adotar um ex-guia de quatro patas.

Como conseguir um cão-guia

Entrar em contato com ONGs especializadas.


Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, existem mais de 5,4 milhões de pessoas que apresentam deficiência visual em nosso país. Já a fila de espera para obter um cão-guia conta com mais de 2 mil solicitantes, mas apenas 70 pessoas, aproximadamente, possuem a oportunidade desse auxílio.
Para melhorar o quadro de cães-guias no Brasil, as organizações responsáveis trabalham de acordo com a quantidade de doações recebidas. Apenas assim podem treinar mais animais.
Apesar de existirem diferentes critérios para conseguir um cão-guia, a instituição americana Eye Dog Foundation for the Blind Inc exige os seguintes requisitos básicos:

O solicitante deve estar legalmente cego; Possuir boa saúde física e mental; ter cursado ou estar cursando uma escola secundária; Ser capaz de prover os cuidados necessários ao animal, como alojamento e alimentação; E querer o cachorro para propósitos de mobilidade.

Após preencher todas as exigências iniciais, o interessado deve entrar em contato com uma ONG focada no treinamento de cães-guias, informar-se sobre o processo, fazer a solicitação e entrar para a lista de espera.

Como agir com um cão-guia

Não interaja com um cão-guia que está exercendo sua função.

Todos devem ter em mente que um cão-guia executa uma importante tarefa e não deve ser perturbado. Para isso, basta seguir algumas regras:


Jamais toque em um cão guia que estiver utilizando sua guia. Ele poderá se distrair e falhar em sua função. Então, ignore-o; Caso esteja acompanhado de algum animal, controle-o para que ele não interaja com o cão-guia;Nunca ofereça alimentos a um cão-guia. Apenas seu acompanhante deve alimentá-lo; Caso haja a necessidade de abordar uma pessoa com deficiência visual que esteja acompanhada de um cão-guia, dirija-se a ela e não ao animal. Se a pessoa lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito, deixando o lado esquerdo para o auxiliar de quatro patas; Se um deficiente visual acompanhado de um cão-guia lhe perguntar como chegar a algum lugar, dê informações claras para que ele possa passar os comandos corretamente ao animal; Não toque em um cão-guia, em sua coleira e nem em seu acompanhante sem avisar.


Um comentário:

  1. Bruno ...
    Excelente matéria sobre o cão guia.
    Realmente é de uma utilidade maravilhosa para a proteção de quem precisa usar, pois ajuda bastante na locomoção e cuidados a quem não enxerga. O deficiente visual deveria ter sempre como protetor um cão guia,pena que são poucos que podem ter essa regalia.
    Abraços sempre...
    Luandabela.

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